Informações Gerais e Respostas para Perguntas Frequentes
A disfunção erétil (DE), também conhecida como impotência sexual, é a incapacidade persistente de alcançar ou manter uma ereção suficiente para a relação sexual. Esta condição pode ter um impacto significativo na autoestima, nas relações pessoais e na qualidade de vida. No entanto, a disfunção erétil é uma condição tratável, e existem muitas opções terapêuticas disponíveis. A seguir, abordaremos a epidemiologia, os métodos de diagnóstico e as várias opções de tratamento da disfunção erétil.
A disfunção erétil é uma condição comum que afeta homens de todas as idades, mas sua prevalência aumenta significativamente com o envelhecimento.
Prevalência global: Estima-se que 150 milhões de homens no mundo sejam afetados por disfunção erétil, e esse número pode aumentar para 300 milhões até 2025.
Idade: A disfunção erétil é mais comum em homens acima de 40 anos, com cerca de 40% dos homens nessa faixa etária relatando algum grau de dificuldade. Esse percentual sobe para 70% aos 70 anos.
Fatores de risco: A disfunção erétil está frequentemente associada a condições de saúde subjacentes, como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade, fumo, além de problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.
A disfunção erétil pode ter causas físicas, psicológicas ou uma combinação de ambas. Entre as principais causas estão:
Causas físicas
Doenças cardiovasculares: A circulação sanguínea inadequada, frequentemente causada por artérias bloqueadas ou danificadas, pode impedir a ereção.
Diabetes: Pode danificar os nervos e vasos sanguíneos que são essenciais para uma ereção.
Distúrbios hormonais: Níveis baixos de testosterona ou outros desequilíbrios hormonais podem interferir na função sexual.
Cirurgias e tratamentos médicos: Cirurgias na região pélvica ou tratamentos para câncer de próstata podem danificar os nervos e vasos sanguíneos, levando à disfunção erétil.
Uso de medicamentos: Certos medicamentos para hipertensão, depressão ou tratamento de câncer podem causar disfunção erétil como efeito colateral.
Causas psicológicas
Ansiedade de desempenho: O medo de falhar sexualmente pode se transformar em um ciclo de dificuldades de ereção.
Estresse: O estresse relacionado ao trabalho, problemas de relacionamento ou outras questões de vida pode afetar a capacidade de manter uma ereção.
Depressão: A depressão pode diminuir o desejo sexual e interferir no funcionamento erétil.
O diagnóstico da disfunção erétil começa com uma avaliação médica completa, que inclui o histórico médico, exame físico e exames complementares, se necessário. A seguir estão os principais métodos de diagnóstico:
O médico fará perguntas sobre a função erétil, duração dos sintomas, fatores psicológicos e problemas de saúde associados.
O exame físico pode incluir uma análise dos órgãos genitais, além da verificação de sinais de problemas vasculares ou hormonais.
Exames laboratoriais podem ser realizados para avaliar os níveis de testosterona, glicose no sangue (para verificar o diabetes), colesterol e outras condições que podem contribuir para a disfunção erétil.
Em alguns casos, ultrassonografias podem ser usadas para verificar o fluxo sanguíneo no pênis.
Esse teste avalia se o homem tem ereções involuntárias durante o sono. Se ocorrerem ereções normais durante o sono, a causa da disfunção pode ser psicológica.
Avaliações psicológicas podem ser indicadas quando a causa da disfunção erétil é suspeita de ser emocional ou relacionada ao estresse.
O tratamento da disfunção erétil depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. As opções de tratamento variam desde mudanças no estilo de vida até terapias médicas e cirúrgicas.
Mudanças no estilo de vida
Exercício físico regular: O exercício pode melhorar a saúde cardiovascular, o fluxo sanguíneo e reduzir o estresse, todos importantes para o desempenho sexual.
Dieta saudável: Comer alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais e grãos integrais, pode melhorar a função erétil.
Cessar o tabagismo e limitar o consumo de álcool: Fumar e beber em excesso podem prejudicar a circulação sanguínea e agravar a disfunção erétil.
Terapia psicológica
Terapia cognitivo-comportamental: Pode ser útil para homens cuja disfunção erétil é causada por ansiedade, depressão ou problemas de relacionamento.
Terapia sexual: Trabalhar com um terapeuta especializado pode ajudar a superar problemas psicológicos que afetam o desempenho sexual.
Medicamentos orais
Inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5): Medicamentos como sildenafil (Viagra), tadalafil (Cialis) e vardenafil (Levitra) são os tratamentos mais comuns para disfunção erétil. Eles funcionam aumentando o fluxo sanguíneo para o pênis, ajudando a manter uma ereção.
Terapias hormonais: Se o problema for causado por baixos níveis de testosterona, a reposição hormonal pode ser indicada.
Dispositivos de vácuo
Dispositivos de ereção a vácuo: Um tubo é colocado sobre o pênis, e o ar é sugado para criar um vácuo, que estimula o fluxo de sangue para o pênis, criando uma ereção.
Injeções penianas
Medicamentos como alprostadil podem ser injetados diretamente no pênis para induzir uma ereção, geralmente eficaz para homens que não respondem aos medicamentos orais.
Implantes penianos
Próteses infláveis ou maleáveis: São dispositivos implantados cirurgicamente no pênis. Próteses infláveis permitem ao homem inflar e desinflar o implante conforme necessário. Já as próteses maleáveis mantêm o pênis em um estado semirrígido.
A disfunção erétil é uma condição comum e tratável que pode ser causada por uma variedade de fatores físicos e emocionais. O diagnóstico correto é crucial para identificar a causa subjacente e escolher a melhor opção de tratamento. Desde mudanças no estilo de vida e medicamentos até intervenções cirúrgicas, existem muitas maneiras de restaurar a função erétil e melhorar a qualidade de vida.
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Dr. Marcos Vinícios Tefilli. Médico Urologista. CRM 19106/RS – RQE 12656. e 12657. Todos os direitos reservados.
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